domingo, 20 de outubro de 2013

Símbolos dos Cavaleiros do Templo



O Beauseant (ou Baussant)

Era o famoso estandarte de guerra dos Cavaleiros Templários, um emblema militar que tinha a função de reunir os cavaleiros em campo de batalha e que ficava hasteado sobre a tenda do Grão-Mestre durante o descanso das batalhas. Sua principal característica eram as cores preta e branca, dispostas dividindo o estandarte em dois campos. Ao centro, ficava a cruz templária (Cruz Pátea). Essa divisão bicolor tinha o significado de representar a divisão da vida de um cavaleiro. O preto simbolizava as atividades militares (ou “mundanas”) e o branco representava a vida espiritual do templário e sua dedicação à obra de Deus como um religioso.

 (a reprodução do estandarte que está acima é moderna)

Curiosamente, a palavra Beauseant significa “multicolor”. Essa tradução pode ser aceita se levarmos em conta que além do branco e preto, existia também a cor vermelha da Cruz Pátea. Seguindo a composição francesa da palavra, “BEAU” significa BELO e “SEANT” pode ser traduzido como DECENTE. Assim, a composição poderia ser apresentada da seguinte forma: “belo e decente”.

Afastando-se dessas explicações de nomes e traduções, é relevante ressaltar o papel militar desse estandarte. Uma vez no campo de batalha, ele era o ponto de reorganização das tropas do Templo. Caso seu Porta Estandarte (que era sempre um Capitão) fosse morto em batalha e essa bandeira não passasse para mão de outro capitão, os Cavaleiros Templários deveriam se reunir em torno do estandarte dos Hospitalários.




A Cruz Pátea

Diversas vezes vemos pessoas falarem que a cruz da Ordem do Templo era a Cruz de Malta ou a cruz da Ordem de Cristo. Essa é uma confusão recorrente, pois na verdade os Templários utilizavam a Cruz Pátea, que possui das bordas das pontas côncavas.
  




Esse símbolo entrou para a Ordem Templária no ano de 1147, quando o Papa Honório II concedeu a autorização para os Cavaleiros costurarem essa cruz sobre seus mantos.

A Cruz Templária não simbolizava sacrifício ou sofrimento, assim como é a Cruz Latina (ou do Calvário), aquela que possui um de seus quatro braços maior e fixado na terra. A Cruz do Templo simbolizava a fé, a bravura e a vitória do cristianismo sobre as forças islâmicas.

Os Cavaleiros utilizavam esses emblemas em seus mantos. Uma das cruzes era colocada sobre o manto na altura do peito e outra cruz sobre a capa, na altura do ombro esquerdo. Podemos observar isso na imagem abaixo:



(Foram feitos círculos indicando a localização de cada cruz na veste templária. A imagem demonstra uma Cruz Latina, mas devemos levar em conta que essa imagem é uma reprodução moderna de Jacques DeMolay)

domingo, 13 de outubro de 2013

A prisão dos Templários



No dia 13 de outubro de 1307, todos os Templários da França foram presos, inclusive o Grão-Mestre, esse que se encontrava no dia anterior no funeral da cunhada do Rei e que foi um dos que carregaram o caixão. As ordens de prisão foram elaboradas três semanas antes e enviadas a todos os agentes reais. Em um só dia, cerca de 15 000 membros do Templo foram presos em todo o reino francês. Poucos conseguiram escapar.



Presume-se que o motivo para Jacques DeMolay estar na França naquela data, seria o de uma possível proposta de uma nova cruzada por parte de Felipe IV, "o Belo".
A data de 13 de outubro de 1307 representa o início de sete anos de torturas e de um acirrado processo inquisitorial entre os desejos do Rei da França e a supremacia de poder do Papa sobre os Cavaleiros Templários. Essa tormenta só acabou em 18 de março de 1314, quando Jacques DeMolay foi executado por ordens do rei francês.


Bibliografia:
READ, Piers Paul. Os templários. Imago, 2001