O poder econômico dos Templários



Ao longo dos anos, os Templários passaram a receber inúmeros benefícios por parte da Igreja. A Organização foi isentada do pagamento de tributos feudais e liberada da autoridade dos bispos das dioceses. O Grão-Mestre da Ordem dos Cavaleiros, cargo máximo dentro da hierarquia da Organização, devia obediência e satisfações somente ao Papa. Isso o colocava acima de muitos reis e príncipes europeus.
Além dos benefícios adquiridos por parte da Igreja, os Cavaleiros do Templo ganharam substanciais doações de diversos senhores e príncipes europeus, que iam desde terras a doações em dinheiro, que os Templários souberam administrar com o objetivo de gerar riquezas para custear a defesa da Terra Santa e de seus peregrinos. No mesmo ano em que a organização foi aceita pela Igreja Católica, o então Grão Mestre, Hugo de Payens recebeu de Henrique I (1100-1135), Rei da Inglaterra, cortesias e presentes para a Ordem. Nos condados de Lincoln e York, os Templários receberam extensas doações de terras. Essas localidades se destinaram a criação de ovelhas, cuja lã era vendida para os mercadores de Flandres. Isso era extremamente lucrativo para a Ordem. Na Escócia, o Templo também reuniu contribuições significativas.
A própria vocação da organização (defesa dos peregrinos de Jerusalém) e a ideia que vigorava entre a aristocracia de remissão dos pecados através de atos de generosidade com a Igreja, fazia com que muitos nobres deixassem parte de suas heranças para a Ordem do Templo. Um exemplo disso é Henrique II (1154-1189), Rei da Inglaterra, que deixou por meio de testamento 5 mil marcos de prata aos Templários, quantia essa destinada à defesa da Terra Santa.
Em pouco tempo, os Cavaleiros Templários se tornaram a Organização mais rica do mundo medieval, possuindo riquezas tanto na Europa como na Palestina. Dentro do continente europeu, as principais possessões Templárias se encontravam na França. A sede do Templo de Paris representava um terço da cidade no final do século XIII, além de funcionar como banco central para todas as transações financeiras da Ordem.     

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